ONDE ESTÁ A FELICIDADE?


(Por Maristela Ormond)

            Inúmeras vezes nos perguntamos se somos realmente felizes.
            Há aquele momento de lucides ou de alienação que nos toma de repente e nos faz indagar onde foi que esquecemos aquele horário particular que marcamos conosco a fim de buscar aquela alegria de viver só nossa, que só a nós pertence.
            Quantas e quantas vezes guardamos as coisas em lugares tão bem guardados que quando procuramos, esquecemos onde foi e somos obrigados a fazer promessas para São Longuinho para encontrarmos, tal foi o cuidado com que guardamos para não perder... Seria cômico se não fosse triste, porque acredito que isso acontece com muitas pessoas, inclusive com você que me lê!
            Assim acontece também com nossos sentimentos, nosso momento de felicidade que passa pelas atribulações do dia a dia e acabam sendo esquecidos em um lugar bem guardado e quando vamos busca-lo é uma corrida contra o tempo que não fazemos ideia da vida que perdemos por causa desse esquecimento.
            Há um momento em que deveríamos parar para analisar o que realmente é importante. Será que essa correria diária, esse stress dos meios de comunicação, um salário melhor, por não perder um horário, por fazer todas as coisas exigindo uma perfeição, não seria nossa maneira de esconder de nós mesmos a nossa felicidade e com tantas outras coisas mais importantes a serem feitas acabamos por esquecer o que guardamos para depois, em um lugar bem seguro?
            Mesmo no momento de nosso descanso obrigatório, sim porque todos têm que ter um momento para dormir, para recomeçar ao menos reabastecidos o suficiente para que nossa jornada diária seja ao menos satisfatória, senão como sabemos perfeita de acordo com nossas exigências a nós mesmos e para que nossa capacidade não seja tripudiada pelas outras pessoas de nosso convívio e de nosso trabalho.
            Na verdade, estamos tentando o tempo todo provar o quão somos habilitados e capacitados para exercer tantas atividades, gerar lucros que mais tarde nos fará muito feliz, provocando a admiração de nossos semelhantes que com certeza inspirar-se-ão em nós, pois somos vencedores.
            Talvez esteja na hora de pensarmos um pouco em nós, e não perdermos a consulta que marcarmos a tantos anos, analisando o que estamos fazendo em prol de nossa verdadeira felicidade.
            Quanto tempo dura a felicidade de uma casa nova? Um carro novo? Uma roupa nova? Um novo celular? Uma viagem? Qual é o tempo de duração dessas coisas pelas quais corremos atrás a vida inteira, deixando para depois alguns momentos que talvez faça com que desmontemos uma casa inteira, um carro inteiro, para descobrir onde guardamos. Isso não deixando de citar os “três pulinhos” que teremos que pagar da promessa ou outra qualquer, por conta da somatização, de tantos anos atrás de subir no pódio mais alto e ganhar o prêmio “melhor funcionário”, melhor qualquer coisa que nos valha!
            É, acredito que esteja na hora de minha parada para repensar o que realmente é ser feliz, o que realmente é felicidade para mim. Onde foi que a guardei, onde foi que a esqueci... E, se tiver êxito, o que acredito deveras que acontecerá,  te conto direitinho como deve ser feito, uma vez que tenho certeza de que você também está atrás da sua...
           

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