VIDA APÓS VIDA.
VIDA APÓS A VIDA
(Por Maristela Ormond)
É minimamente
um assunto interessante quando nos deparamos com narrativas de pessoas que
estiveram em estado de coma e compartilham, depois de voltarem, suas
experiências sobre como se sentiram quando se encontravam nessa situação.
Existem tantos
e tantos casos de pessoas que passam pela experiência de quase morte. Ouvimos
algumas narrativas a esse respeito, que produzem uma retrospectiva de vida e
nesse meio tempo, uma oportunidade de revisão da vida e a escolha entre o
querer partir ou querer ficar.
Sim porque é
necessário que o espírito queira ficar ou partir, embora haja também um caminho
traçado para cada um de nós, em que nossa vontade pode não prevalecer, porém
podemos dizer que nos foi dada outra chance de vida e de melhoria e, em
contrapartida, somos criaturas pertencentes a um Criador.
São narrativas
curiosas que nos faz pensar que nosso espírito é eterno e não sendo sonho, não
sendo ilusão, cientificamente poderíamos dizer que essas experiências seriam
uma forma do cérebro lidar com certos traumas que o colocam num momento de
pausa, deixando o corpo inerte, mas a visão do cérebro é o que funcionaria. Ou
poderíamos dizer que existe vida após a morte, uma vez que várias dessas
histórias narram episódios de lugares e pessoas muitas vezes desconhecidas, mas
que interagem. Quando não, tomamos conhecimento de que há uma visão concreta do
espírito fazendo um semi-desligamento, para volitar pelo ambiente e participar
inclusive de uma ressuscitação do corpo carnal.
Segundo Kardec
há uma semiconsciência ou uma ligação do corpo material com espírito por algum
tempo ainda que esse corpo não mais responda, ou seja, é dada a morte cerebral,
e, ainda segundo André Luiz em “Nosso Lar”, este teve sua estada no umbral para
somente depois obter um resgate dos bons espíritos, quando de um tempo que não
podemos precisar, já havia deixado de fazer parte do mundo dos vivos.
Apesar de ser
um assunto discutido nos setores da medicina, não há explicação para tal experiência
de quase morte. Ficam perguntas sem as devidas respostas para tais
acontecimentos e quanto mais nos perguntamos e desejamos que as interrogativas
sejam respondidas, mais adentramos no campo religioso que é algo que não nos cabe
fazer em respeito às várias crenças e a liberdade religiosa de cada ser humano.
Tomo então a
liberdade de falar sobre o assunto como uma pessoa leiga, mas que se interessa
de forma constante em descobrir pelo menos alguma resposta para mim mesma, no
sentido de acreditar que possamos viver em algum outro mundo que não este e que
nosso espírito é eterno, e no mais, que poderíamos ter o privilégio de nos
reencontrarmos com nossos entes queridos, com pessoas as quais amamos muito
nesse mundo e compartilhar com elas nossas alegrias, preocupações, trabalhos
que devem ser feitos para auxiliar nossos companheiros que deixamos em outros
planos, minimizando suas dores e participando de suas alegrias.
Não sei bem
até que ponto posso ou estou autorizada a falar sobre algo que procuro
compreender, mas o que sei é que realmente somos energia e esta energia é
latente em todos nós através do tocar, do olhar, dos bons pensamentos que
podemos transferir para nossos companheiros de jornada, pelo amor que
irradiamos ao outro. Afinal o que nos foi deixado por nosso criador foi o um
mandamento que diz que devemos “amar ao próximo como a nós mesmos”, e este é o
mais difícil de cumprir, uma vez que estamos praticamente engatinhando nesse
aprendizado de tentar compreender o que significa realmente amar.
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