GRITAR OU CALAR ,EIS A QUESTÃO.
(Por Maristela Ormond)
Não
sei o que me preocupa mais, se este barulho todo no mundo ou se o silêncio
implacável que tantas vezes ronda, trazendo dúvidas do que deve ou não deve ser
feito, dito ou não dito.
Tenho
assistido e ouvido tanto barulho em nosso país por tantas coisas que não sei ao
menos se estão de acordo com o pensamento de todos que nele tem coragem de
viver, ou se esse barulho todo é o grito daqueles que pensam em vantagens para
si próprios, usando a garganta abafada de outros que precisam deste grito para
somente alinhar seus chacras descompensados pelas injustiças que recebem no dia
a dia, cansados que estão de calar, por medo de uma represália que possa causar
o silêncio eterno.
Tenho
ouvido também tantas falas sobre que um retorno de uma ditadura seria uma
melhor opção para que tudo voltasse aos eixos, sendo que esta não seria a
solução adequada, pois estaríamos retrocedendo a uma época em que não se
procurava ao menos fazer uma tentativa de praticar a democracia em nosso país,
em que as gargantas estavam sufocadas e cheias de nós por não poderem gritar
pelo pedaço de pão e por tantas e tantas mazelas que assombram um gigante como
este...
Isso
me faz lembrar a frase de Martin Luther King “O que me preocupa não é o grito
dos maus, mas o silêncio dos bons”. O que me amedronta é o silêncio, pois
quando ele se faz podemos entender que se trata do cansaço daqueles que já
desistiram de tentar por algo novo, algo que modifique a situação em que se
vive.
Usamos
com muita frequência a palavra resiliência e estamos assimilando esta palavra
de forma a acatar a dominação quando na verdade há que se conseguir uma
reestruturação, uma evolução ao que já temos de direito adquirido a partir de
tantas lutas.
Outra
frase que me ocorre no momento é “Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela
faz”, portanto penso que não é necessário que haja uma poluição auditiva para
que se faça a vontade do povo, mas é necessário que o povo escolha de forma
consciente qual o caminho a ser trilhado, sem distinção de classes, cor ou
credo para que possamos viver num mundo melhor sem desperdício de energia vital
mas esbanjando SAÚDE, EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, para que TODOS usufruam do
mundo maravilhoso em que fomos colocados.
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