Não há o que compreender



                                                                Arte de Francis Picabia

      Não há nada o que compreender

     Por Claudiane Ferreira     

Estava em minha caminhada matinal quando ao passar por dois “homens” ouvi a seguinte interrogação:
- Você só tem uma mulher?
- Eu tenho 5.
 Minha vontade foi enrolar e ficar ali para ouvir o restante da conversa. Mas vai que o super-homem pudesse achar que eu estava dando mole e pensasse, olha a 6ª vítima aí minha gente.
Ter um relacionamento só já é trabalhoso demais. Nem falo tanto da parte material a maioria trabalha, falo do cuidar, do companheirismo, do divertir a dois...
E o meu devaneio continua...
Será que no fundo esse suposto “super-homem”, sente é medo de ficar sozinho? Quem sabe é uma daquelas pessoas de baixa autoestima? Indo além, tipo de cara que precisa de várias empregadas?
Homem que possui essa síndrome, a do Sultão, age como se ele mesmo fosse o traído. A companheira não pode ter amizade com sexo oposto, não pode ter perfil em rede social e muito menos sair sem eles (a não ser para trabalhar).
São extremamente possessivos e as tais “traídas” na maioria das vezes sentem-se  as tais, chegam a pensar  que ciúme é sinônimo de muito amor.
Se as mulheres ficam com esses é porque existe um acordo entre eles... Claro que em muitos casos não tão explícitos.
Mas voltando ao início do – Você só tem uma mulher? – Eu tenho 5 . Será porque a maioria dos homens sente prazer em contar vantagem deste tipo?
                                                                   

"Somos as escolhas que fazemos e as que omitimos, a audácia que tivemos e os fantasmas aos quais sacrificamos a possível alegria e até pessoas a quem amamos; a vida que abraçamos e a que desperdiçamos. Em suma, fazemos a escritura da nossa complicada história."


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