NÃO ACELERAR TANTO
NÃO ACELERAR TANTO
(Por Maristela Ormond)
Meu pensamento está tão
acelerado que às vezes acabo acreditando que estou ficando louca...
Essa pressa, ou fome de fazer tudo
muito rápido, está mexendo com as emoções, com a aprendizagem das pessoas.
Estamos num ritimo tecnológico à velocidade da luz e nosso cérebro está
assimilando tudo isso de forma voraz.
O simples fato de pegar numa caneta
para escrever e “comer” metade das palavras por engano, ops! Por engano ou o
pensamento foi mais veloz que o corpo? A coordenação dos movimentos não está
seguindo concomitantemente ao movimento cerebral.
A quantos megas bites está meu
cérebro? E o seu?
Dia virá que comandaremos máquinas
com os pensamentos sem haver razão para nos movermos para isso. Mas será que
tudo isso que está acontecendo com os seres humanos é saudável? Parece-me que
estamos numa crise de ansiedade sem retorno, pois a rapidez que nos envolve não
nos deixa retroceder. Seria como voltar ao período da idade da pedra e jamais
nos submeteríamos a tal coisa, pois temos pressa, muita pressa.
Às vezes fico observando a correria
das pessoas e me pergunto para onde iriam com tanta pressa, tanta ansiedade.
Atrás do quê?
Estamos ameaçando nossa saúde,
ameaçando nossa convivência com os amigos, ameaçando perder nossos familiares
em nome da ansiedade, em nome de correr atrás de algo que nem mesmo nos damos
conta.
Seria o momento oportuno de parar e
observar em pouco mais que viver está sendo uma necessidade primordial, pois vamos
acabar atropelados pela imposição a que esta sociedade consumista está nos
levando e se isso não acontecer, tropeçaremos em nossos próprios pés sem
sabermos por que caímos e aí sim, paramos, por força do destino, por força da
imprudência.
Tirar o pé do acelerador é a meta.
Objetivo maior vida mais saudável. Será possível?
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