Amor: o melhor presente para as nossas crianças
Estamos no mês da criança e os apelos consumistas estão por onde quer
que a gente ande. Vitrines especialmente preparadas para conquistar os corações
infantis e os dos adultos também.
Vivemos na era da satisfação momentânea, da transferência de
sentimentos, onde pais e filhos vivem em uma ilusão. O material sobrepõe-se ao
sentimental.
Vale ressaltar que tudo passa pela educação.
Lembro-me que quando criança o dia 12 de outubro era também um dia
especial. Minha mãe jamais se esqueceu de dar a mim e meus irmãos um forte
abraço desejando-nos um feliz dia. E realmente depois daquele abraço o dia tornava-se
especial, feliz. Brincar era sinônimo de felicidade.
Já meus filhos ganhavam brinquedos, porém esse dia sempre foi planejado
tendo o amor e o carinho como protagonistas. Doces, brincadeiras, danças e
estórias, completavam a alegria dos meus pequenos.
Hoje percebo que ofertar presentes para os filhos parece uma obsessão,
uma busca incessante atrás de suprir as carências causadas pelo fato dos pais
trabalharem fora, de não ter tempo disponível para os filhos e por acharem que
o material possa camuflar a falta de atenção dada a eles.
Carinho, atenção e limites são sempre os melhores presentes.
Tantas vezes ouvi pais dizendo: Coitadinho do meu filho, eu não posso
dar a ele um vídeo game de última geração, uma bicicleta, uma boneca da moda
etc...
Ora! Será isso que vai tornar uma criança em um adulto feliz, confiante,
pronto para enfrentar o mundo e suas adversidades?
Talvez uma boa conversa falando a elas o grande impacto ambiental que
causa o consumismo desenfreado, mostrar a grande desigualdade social que
existe. Ensiná-los desde cedo o que é o amor, e que ele deve ser compartilhado
para além da instituição família.
Não sou tola a ponto de não perceber que as crianças não estão
totalmente protegidas dentro de suas casas, que o apelo entra por todos os
meios de comunicação e elas precisam ter acesso a eles, mas podemos sim
amenizar esse impacto.
Com certeza teríamos adultos com maior capacidade emocional de governar
uma Cidade, um Estado, um País, o mundo.
O futuro não está nas mãos das crianças, está nas mãos dos adultos que
as educam!
Joana Tiemann
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