CONVERSANDO COM O TEMPO

CONVERSANDO COM O TEMPO
(Maristela Ormond)



Imagem retirada da web


               Gosto mesmo de falar do tempo. Será que ele me incomoda?
            O tempo é algo que sempre busco acompanhar e enfim ele sempre sai vencedor porque descubro que não sei administrá-lo. Sou sempre a última a chegar e ao mesmo tempo a última também a sair. Corro para alcançá-lo e quando abro os olhos passaram-se meses, anos...
            Aquela ruga não estava em minha testa na foto anterior, o tempo colocou-a e não percebi enquanto passava por mim e me enganava, porque certa de que poderia superá-lo, fui novamente deixada para trás.
            Como não deixar nada para trás? Como voltar no tempo e consertar algo que ele levou surrupiando (sem que me desse conta)  meu tempo com pequenas bobagens que eram imprescindíveis e que hoje já não significam nada? Ah tempo! Se me enganares novamente não terei tempo nem ao menos para me perdoar e perdoar tuas travessuras quando se ri de mim deixando-me cansada correndo atrás de ti...
            Tempo dê-me um tempo para pensar, para entendê-lo e ande de braços dados comigo ensinando-me como acompanhá-lo de maneira a render-me a teus encantos que são tantos... Faremos assim: Eu dou tempo ao tempo e você me dá um tempo para que possamos contemporizar nossas diferenças tornando-nos condescendentes e assim quem sabe um grande romance há de surgir entre nós, eu compreendendo-te e você me ensinando aceitá-lo e sentir suavemente tua passagem e a sabedoria que poderei adquirir junto de ti...


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