CORRIGINDO MINHAS ROTAS
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CORRIGINDO MINHAS ROTAS
Como
fazemos um caminho senão errado, por vezes confuso e o mais doloroso em nossas
vidas... Tudo na verdade é uma questão de escolha. Da escolha do caminho mais
curto para a felicidade, para atingir os objetivos ou do caminho mais comprido,
que tantas e tantas vezes nos faz conseguir belos calos nos pés. Hoje me
pergunto. Dá para corrigir nossas rotas? Dá para repetir aquilo que já fizemos
isto é, reiniciando? Sim, cheguei à conclusão que sim. Assim como reinicio o
computador que não é uma máquina de pensar como o ser humano, posso reiniciar meu
cérebro, minha rota de vida. Posso reiniciar minhas crenças passadas, meus
antigos dogmas e mudar completamente meu pensamento em relação a essas certezas
antigas que podem se reestruturar. Posso reiniciar minha forma de ver a vida,
de ver as pessoas, de sentir o peso ou a leveza de cada passo que foi dado para
chegar até aqui.
Quando
chegamos à maturidade, a experiência adquirida conta muito para que nossas rotas
sejam corrigidas. Já não existe mais o vigor dos vinte anos que nos levava a
agir compulsivamente. A maturidade nos trás certa serenidade e uma visão mais
ampla das consequências que colheremos com determinadas atitudes. Não, não é
que deixamos de ser determinados e mudamos como se fossemos outra pessoa, mas
ao contrário, continuamos sendo os mesmos e nem percebemos que estamos passando
por outra fase da vida. Somos a mesma pessoa com a mesma cara (um pouco mais
envelhecida), com os mesmos defeitos e virtudes, com as mesmices que nascem
conosco. Mas andamos um pouco mais devagar, perdemos um pouco da pressa tão
característica da juventude, com passos mais firmes e concisos. Passos mais
cuidadosos, porque se errarmos agora o tombo pode ser fatal.
Citando
uma frase da qual não sei o autor, “a maturidade não é quando começamos a falar
grandes coisas, mas quando começamos a entender pequenas coisas”, então ela nos
auxilia nessa correção e corrigir rotas é também mostrar o quão somos ainda
criativos em relação à vida, o quão somos potentes e determinados para traçar
ainda um mapa, um roteiro a seguir de tudo que nos faz feliz e trilhando um
caminho mais curto, porque já tivemos a experiência de trilhar o caminho mais
comprido, o mais árduo. Corrigir rotas é não deixar que a insatisfação nos
tolha, é ouvir o outro, compartilhar com o outro suas experiências, cantarolar
uma música que gosta afagar uma planta, uma criança, um animal. É ainda
observar mais atentamente a natureza (ou o que sobrou dela), sentir o cheiro da
terra molhada, atentar para o curso de um rio, o canto de um pássaro livre, o
sacolejar das folhas das árvores. Corrigir rotas é simplesmente viver a vida
com uma atenção maior e sensibilidade maior para que nosso sorriso não esmaeça
e possa nos unir cada vez mais ao sorriso de outras pessoas que queremos que
estejam ao nosso lado amando-as e nos fazendo e deixando amar.
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