A ARTE E O ESTADO
A Arte, em todas as suas manifestações, nunca
cessou de acontecer em todas as épocas, independentemente das condições
sócio-econômico-politicas vigentes. No entanto, lançando um olhar para o
passado da civilização, vemos que ela floresceu com exuberância sempre que
estava sob a proteção de governantes cultos, polidos e conhecedores do mundo e
que consideravam o fomento da cultura uma parte tão importante de suas funções
como o zelo pelos interesses do governo. Não raros, eles eram também artistas.
Assim, tratando-se da Arte, parece-me fundamental o apoio de verdadeiros
patronos, isto é, daqueles que têm, por assim dizer, a arte no sangue, sem o que, teremos apenas programas políticos que
visarão atender – de maneira insuficiente e inadequada – os interesses de uma
classe que nem sempre é formada por verdadeiros artistas, isto é, que se
alimentam não da venda de suas obras, mas da própria obra.
O que a Arte precisa é de um Governo que seja, também, um patrono e, se não
for de todo impossível, também um artista – se os há.
Contrariamente
ao que possa parecer, o artista não necessita em primeiro lugar, de um mercado para comercializar suas
obras. O que o artista necessita, primeiramente, é de não ser encarado como um
preguiçoso e excêntrico, num mundo que é ganancioso e vulgar. A arte não deve
alimentar somente o bolso do artista, mas, também, o seu ego, promovendo sua
autoestima. O homem carece mais de consideração do que de dinheiro para ser
feliz.
Resumindo: o governante deve ser no que diz respeito à Arte, um patrono e se não for de todo
impossível, também um artista.
Mas, se nada
disso for possível, por favor, deixe os Artistas em paz!
EP. Gheramer
Site do Autor: http://www.e-p-gheramer.com.br/
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