A revisão do meu livro


Depois dos afagos dos amigos e familiares encontrei-me sozinho e foi quando experimentei o indizível ao perceber que ele não é mais meu! Isso foi um choque, acreditem! Eu fiquei sem nada para fazer. Fiquei me sentindo como um tacho vazio que fora raspado até o fundo.
Ah, como estava bom fazer a revisão...

Assim como escrever um livro, revisar também precisa de um grande investimento de tempo, além de uma carga afetiva significativa. Enquanto o escrevia, vivenciei várias vidas diferentes, passando por um conflito atrás do outro. Esse tipo de coisa nos afeta. Quando eu terminei a primeira revisão, a última coisa que eu queria era revisar novamente.
Mas, era inevitável e com o passar dos dias, a revisão se tornou meu momento favorito. Em primeiro lugar, saber que os erros seriam corrigidos durante a revisão é libertador. Isso me ajudou a acabar com a ideia de que tudo precisa estar perfeito já na primeira escrita. Também percebi que, internamente, eu criei relações com esses personagens imaginários. Passamos horas, dias, semanas juntos e, em cada revisão do manuscrito, eu pude conhecê-los melhor. A revisão me permitiu entender porque eles são tão especiais para mim e me ajudou a aprofundar a análise de seus pontos fortes e fracos. Pude acrescentar profundidade aos personagens.

Outra coisa que me ajudou a começar a gostar da revisão é minha atração por desafios. Repensar partes de uma história que me levou tanto tempo para escrever é um grande desafio, e motiva o meu desenvolvimento como artista.
Como eu poderia não gostar disso?


SOBRE O LIVRO

Em um mundo informatizado, em que o virtual se confunde com o real, os novos amigos passam a serem invisíveis e as informações que se sucedem numa velocidade assustadora. Como entender isso? E como conviver num mundo em que as pessoas não se conhecem verdadeiramente. Vivemos num mundo novo e que se renova a cada dia e onde o fast food é a melhor opção ou a única, muitas vezes nos perdemos e ficamos sem saber quem somos, enquanto indivíduo único, numa sociedade massificada.

‘Identidade’ conta a história de um homem que vive neste mundo de hoje caótico e descreve sua trajetória na vida em busca de si mesmo. Encontrar-se é para ele a razão de sua vida. Assim, de dentro do caos mental, onde não falta a depressão, a síndrome do pânico e outros fantasmas, ele não se amedronta e, sem saber o que o impulsiona, ele parte em busca de si mesmo, pois, acredita que somente depois disso será capaz de viver numa sociedade, cujos costumes são tão diferentes dos dele.
Quem nunca se sentiu diferente? Ou melhor, quem já parou para pensar que é um ser único neste universo?

Neste livro encontramos as dificuldades que uma pessoa – qualquer pessoa – muitas vezes encontra e precisa vencer quando quer obter a sua própria individualidade. É a eterna busca por si mesmo.

Embora seja um livro de ficção, não raramente nos identificamos com os questionamentos do protagonista e dos demais personagens, enquanto procuram compreender a complexidade envolvida nessa busca de si mesmo; quando um indivíduo não consegue viver em paz enquanto não encontrar um sentido para a própria vida. Tudo contado da perspectiva de uma pessoa que pode ser qualquer um de nós.
Não há nada de novo. São apenas escolhas que fazemos no dia-a-dia, tal como a roupa que vamos usar.

Fazemos isto todos os dias de nossas vidas, mesmo que não tenhamos consciência disso.

Penso poder dizer com certeza que este livro é, em parte, o resultado das relações que mantive com as pessoas, através da Psicologia, da Biologia e da Teologia enquanto enfrentavam suas dificuldades.

Mente, Corpo e Espírito. Três em um. É o mistério da trindade do ser humano que é único, enquanto indivíduo.


EP.Gheramer

Link para o livro: IDENTIDADE








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