QUE CONFUSÃO...
(Maristela
Ormond)
Estou ficando confusa, já não
consigo lembrar muito bem do teu sorriso, da cor de teus olhos ao certo. Estou
confusa e em minha confusão não sei dizer se acredito no que digo a seu
respeito ou se me respeita como acredito...
A confusão que ronda nossos destinos
nos faz cada vez mais próximos posto que cada vez que falamos em nossas
diferenças, mais percebemos o quanto somos parecidos e confusos.
Fecho meus olhos e desenho seu rosto
dentro de mim. Não consigo lembrar se o olhar que me lançastes foi de amor ou
de escárnio. Não consigo lembrar se o sorriso que destes foi para mim ou de
mim... Aí se instala a confusão e nessa confusão maluca que assola meu coração
chego à conclusão de que não posso viver longe de ti, pois sei que sou seu
abrigo e seu caminho e sei que és o atalho por onde posso chegar cada vez mais
rápido a sanidade, recobrando a consciência perdida no meio desta confusão.
Confusa ou não, compreendo que mesmo
não querendo mais, mais quero. Que mesmo dizendo não mais digo sim. Que mesmo
querendo-te distante, mas preciso de você perto de mim.
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